1 Timóteo 2.1-7
- Caique Sousa
- há 4 dias
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Graças e paz, irmãos. Hoje quero compartilhar uma pequena mensagem baseada em 1 Timóteo 2, versículos de 1 a 7. Esta é a primeira carta de Paulo ao seu filho na fé, Timóteo. Como era comum nas cartas do século I, ela começa com uma introdução, um cumprimento, e então Paulo passa a ensinar aquilo que realmente deseja transmitir. Ele declara:
“O nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade, porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos, testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.”
O que me chama a atenção nesse trecho, enquanto Paulo exorta Timóteo — um jovem pastor — é que a primeira instrução que ele dá é clara: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões e ações de graças em favor de todos os homens.” Antes mesmo de tratar de quem são esses “homens”, Paulo destaca a centralidade da oração, da súplica, da intercessão e da gratidão.
Infelizmente, esses elementos têm se tornado raridade em muitas igrejas. Há momentos de louvor, há leitura constante da Palavra — muitos leem a Bíblia de capa a capa — mas falta esse tempo de oração profunda, falta intercessão, falta súplica. Paulo, no início da carta, diz a Timóteo, um pastor: “Antes de tudo... ore, suplique, interceda.”
A pergunta que surge é: quem são esses “homens”? Seriam todos os habitantes do mundo? Precisaríamos conhecer cada nome? Não. Paulo se refere a todas as categorias de pessoas: do pobre ao rico, do humilde ao nobre. Devemos interceder por todos. Assim, a primeira lição é clara: devemos orar, suplicar, interceder e render graças ao Senhor.
No versículo 2, Paulo continua:
“Em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com piedade e respeito.”
É muito fácil orar por amigos ou familiares. Mas seria tão fácil orar por um presidente que não apoia nosso partido? Orar por um rival? Orar por um juiz cuja decisão não nos favoreceu? Deus nos ordena — através de Paulo — a orar por nossas autoridades. Claro que podemos criticá-las com respeito; vivemos em um país democrático. Devemos cobrar, falar a verdade. Porém, também devemos orar. Não apenas reclamar.
Enquanto muitos irmãos ao redor do mundo, como na Nigéria e na China, são perseguidos, nós muitas vezes apenas criticamos nossos líderes locais, estaduais e nacionais — mas não oramos por eles. Falamos sobre o comunismo, o socialismo, mas será que oramos? É Deus quem coloca e remove reis. De que adianta falar muito com todos, e pouco com Quem realmente pode mudar as coisas?
O texto segue no versículo 3: “Isto é bom e aceitável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” Muitos arminianos usam esse trecho para dizer que Deus deseja salvar todos os homens sem exceção. Mas Paulo está dizendo que Deus deseja cumprir Sua eleição, que todos os que Ele escolheu sejam alcançados. Ele quer que o Evangelho chegue até os seus escolhidos — e chegará, de alguma forma. Não se trata de um plano de Deus que “não deu certo”, como se Ele tivesse desejado salvar a todos, mas precisasse se contentar com alguns. Ele deseja que Seu plano se cumpra, que Sua eleição se cumpra, e que todos cheguem ao conhecimento da verdade — até mesmo aqueles que não são salvos.
E qual é essa verdade? Os versículos 5 a 7 dizem:
“Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos, testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.”
Essa é a verdade que Ele quer que todos conheçam: há apenas um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, que se deu em nosso lugar.
Que possamos aprender com as cartas de Paulo, especialmente com as cartas a Timóteo, tão edificantes. Que vivamos uma vida de oração, intercessão e súplica. Que oremos por nossas autoridades, por aqueles que, abaixo de Deus, têm poder para mudar circunstâncias. E que preguemos o Evangelho, para que o pleno conhecimento da verdade chegue a todos: há um só mediador, Cristo Jesus, que morreu em nosso lugar. Só por isso somos salvos; se não fosse isso, não haveria salvação.
Essa é a minha mensagem. Uma mensagem curta. Não precisa gostar; apenas reflita.
Oração:Senhor Deus e Pai, eu não sei quem está ouvindo esta palavra, onde está, se no Brasil ou fora dele. Mas onde essa pessoa estiver, que esta mensagem possa confrontar seus pecados e negligências. Que ela ore mais, interceda mais e, se ainda não te conhece, que passe a te conhecer. Ajuda-me também, Pai. Não sou perfeito, e sei que neste mundo não serei. Mas ajuda-me a fazer a Tua vontade a cada dia. Em nome do Senhor Jesus, amém.


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