A Bíblia: A fonte de verdade que não pode ser ignorada.
Por Caique Sousa
A Bíblia, como cremos, é a única regra de fé e prática, completamente inspirada por Deus (2Tm 3:16-17). Por intermédio de Seus profetas e discípulos, foi escrita e preservada por meio do Espírito Santo de Deus através dos séculos.
Por muito tempo, a Bíblia esteve nas mãos de grandes líderes religiosos, que impediram os cristãos ao redor do mundo de terem acesso a essa Palavra transformadora, privando-os de seus ensinos e doutrinas.
Por conta disso, esses líderes manipulavam a fé de milhões de cristãos na Idade Média, visando lucro e poder. O povo, por sua vez, sem instrução, seguia suas doutrinas acreditando que, assim, estaria salvo. A ICAR, por sua vez, foi a maior responsável por essa privação das Escrituras, visando riqueza e autoridade. Durante o século IX, o papa deixou de exercer apenas seu ofício e passou a ser um grande líder político, elegendo imperadores e manipulando o povo para fazer o que lhe beneficiava. Se um príncipe de alguma região se opusesse à ICAR, ele sofria um interdito, que era a suspensão de sacramentos e cerimônias em determinada região para pressionar o povo contra seus governantes a fazer a vontade da Igreja, pois acreditavam que o sacramento era central para a salvação. Resumindo: ou pressionava seu governante, ou todos iriam para o inferno. Não eram raros os casos da Igreja Católica aproveitando-se da ignorância de seus fiéis.
Hoje, apesar de termos a Bíblia em nossas mãos e traduzida para a nossa língua, muitos cristãos ainda estão sendo enganados por falsos profetas, por preferirem ouvir apenas a palavra de seus líderes em vez de lerem e buscarem entender o que realmente a Palavra de Deus quer nos falar. Não que seja errado darmos ouvidos aos nossos líderes e aprendermos com eles, na verdade, é algo muito positivo aprendermos com alguém com mais experiência, que tenha um estudo mais aprofundado. Mas devemos ser como os bereanos: eles deram ouvidos e creram no que Paulo pregava, mas sempre com a mente aberta e de olhos nas Escrituras.
Martinho Lutero, um grande reformador, enfatizou a leitura e o estudo pessoal das Sagradas Escrituras. Ele declarou:
"A Bíblia não é para ser mantida à distância, mas deve ser lida, examinada e estudada por todos os cristãos."
Charles Haddon Spurgeon, conhecido como o "Príncipe dos Pregadores", também alertou sobre a negligência em relação à leitura e ao estudo das Escrituras:
"Há cristãos cujas Bíblias têm tanta poeira que seria possível escrever a palavra 'condenação' sobre elas com o dedo." (Sermão: “The Last Word of Christ on the Cross”, pregado em 1861.)
Deus também instruiu Josué sobre a importância de meditar na Palavra para guiar suas ações:
"Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bem-sucedido." (Josué 1:8)
Como cristãos, não podemos negligenciar a meditação na Palavra de Deus. Spurgeon certa vez falou:
"Aquele que não lê a Bíblia não é melhor do que aquele que não a possui."
Devemos entender a real importância da leitura das Escrituras. Como cristãos, devemos nos alimentar todos os dias da Palavra de Deus. Hoje temos o privilégio que muitos não tiveram, que é ter a Palavra do Deus Altíssimo traduzida para nosso próprio idioma. Se não temos nenhuma limitação física e, mesmo assim, não lemos a Bíblia, isso é algo preocupante e muito perigoso para você, cristão